domingo, 17 de outubro de 2010

Lua

Continuo postando aqui, para quase ninguém, creio eu. Mais um texto antigo esquecido as traças por aqui:

Quero contar-lhes sobre algo muito lindo que vi, e que é muito grandioso para ficar confinado a insignificancia de minhas memórias, por isso quero dividir com todos que puder a visão mais maravilhosa que já tive em toda minha vida, o rosto da Lua.
Não há nada mais encantador, vi-o de relance e mesmo assim estou apaixonado por tal visão. Seus olhos lembram borboletas com curvas suaves, porem seus cílios tem a tenacidade de plumas, o que deixa um ar meio misterioso sobre a totalidade da aparência dos olhos, quando pisca é como um pequeno beija flor fazendo um movimento no ar, é suave, mesmo sendo rápido. O nariz é tão bem contornado no rosto que quase não pode ser notado, é como um pequeno detalhe num canto de uma grande moldura, que mesmo não sendo grandioso, faz a diferença. Seus lábios são quase como divinos, fazem curvas, não espressões, quando se abrem em um sorriso, é como se fosse a própria alegria personificada.
Assim que olhei para o céu e visualizei tamanha beleza me senti tremendamente agradecido por poder ver tão grandiosa figura, foi muito melhor que qualquer coisa que eu já havia esperimentado e a simples lembraça da magnífica face me faz despertar do mais fundo poço de depressão para o melhor estado de ecstase em felicidade.
E deixo cada um a cargo de sua própria imaginação e uma dica, olhem sempre que puderem para ela, pois ela pode mostrar seu rosto a qualquer momento, fiquem atentos às suas espressões e palavras.

domingo, 10 de outubro de 2010

Amor severo de uma noite [parte 2]

Final do texto da semana passada, com algumas horas de atraso eu não posto no domingo:
O empregado olha e vê uma taça ainda com um pouco do caro vinho no fundo, então parte para pegar a garrafa da mão de seu patrão, espantado e assustado, vê que a garrafa ainda está fechada, então vai verificar a taça e constata o assustador, era sangue. Seus patrões estavam mortos, não descansando de uma noite agitada.
Mas logo ele se tranqüiliza, o desespero passa, e ele se lembra como os dois se amavam e não escondiam isso, então repara no vestido tão lindo de sua ama levemente manchado de sangue onde sua mão estava, e vê que a mão de seu tão amado patrão estava indo de encontro a esse lugar, mas por alguns centímetros não se tocaram. Então pega a mão d'Ele e pôe sobre a d'Ela, se vira e vai embora deixando os dois amantes jazerem no lugar de seu último e mais profundo amor.
E ninguém saberá o porquê d'eles não terem forças para unir suas mão no último instante. Foi a frase mais delicada que Ele falou para Ela naquela noite [e porque não na sua vida inteira]: "Amor você acredita que uma alma poderia se partir em duas e habitar dois corpos diferentes?" Então surpreendendo até mesmo a Ele, Ela, diz algo que nunca seria esquecido, mesmo se houvessem cem séculos mais para os dois viverem: "Claro que eu acredito, mais hoje finalmente nossa alma se uniu em uma só novamente, por isso esotu em paz ao seu lado". Assim que foram feitas as últimas considerações e os dois pares de olhos se fecharam, um lobo uivou, um lobo solitário uivou, logo depois muitos outros o acompanharam, mas inicialmente, ele fez os primeiros ritos fúnebres do casal.

domingo, 3 de outubro de 2010

Amor severo de uma noite [parte 1]

Algo que eu escrevi a muito tempo em homenagem a uma amiga, não lembro se cheguei a mostrar isso a ela. Vou postar em 2 partes, porque está um pouco grande, e eu não quero que ninguém se canse lendo:
E a porta dupla de sândalo se abriu, e lá estavam os dois, na mesma posição em que se amaram à noite, em seus corpos estava a memória da noite, da tão deliciosa noite:
"A porta se abria, com majestade, pricipalmente, pelo momento estar preparado. Ela, ao abrir, viu o tradicional cômodo luxuoso, com seu tapete vermelho, a pele rara de um tigre branco em frente a lareira crepitando. Porém havia mais, mais do que havera naquele lugar. Claro, Ele passara a tarde preparando tudo, as velas na grande mesa, archotes nas paredes, a cortina da larga janela aberta com o luxuoso sofá na frente, mas o mais impressionante [por equanto] era a rosa na mesa. Era deslumbrante aquela visão da rosa, a rosa vermelha, a rosa flutuando em sua caixa, a rosa muito vermelha, a rosa dentro da caixa pouco azul de gelo, a rosa vermelha presa em sua caixa de gelo sobre a mesa. Lá estava Ele sentado à mesa, com uma garrafa de vinho tinto suave em sua frente.
"Na visão d'Ele, tudo era deslumbrante, a imagem que ele fazia do que iria acontecer [mal sabia ele, que nada ele sabia] ali naquele ambiente preparado com uma dedicação tão minusciosa que assustava. Então Ela entra imponente com seu vestido mais deslumbrante, era algo que refletia toda a atmosfera do lugar e exaltava ao máximo a mais pura e deslumbrante beleza de sua usuária.
"Eis que o primeiro toque se dá, algo severamente carinhoso, como se tivessem receio de fazer o que sempre fizeram com a naturalidade, como se quisessem começar tudo de novo, porém para terminar no prazo de uma noite, mas logo suas carícias tomam formas mais humanas, faces, troncos, braços, seios, logo elas têm pele. Então Ele se detem e à sua amada, a leva ao sofá carregando o vinho suave e suas taças. Chegam bem na hora, a lua cheia cai sobre eles transformando o momento que era lindo em mágico, eles trocam beijos e carícias sobre o sofá, logo enchem suas taças, bebem e se amam como nunca ninguém havera feito e nem fará."
[continua...]